Desde a ascensão da Lei Seca, muitos foram os benefícios para os condutores: sua segurança e integridade física foram os principais beneficiados. Tudo isso, talvez, seja graças a um aparelho chamado etilômetro.
Muito mais conhecido pelo seu nome popular, “bafômetro”, o etilômetro é o principal aliado da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na hora de averiguar a condição em que se encontra o motorista e quão sob efeito do álcool ele pode estar.
Se você já foi parado por uma blitz, sabe bem do que estamos falando.
Agora, quanto custa um bafômetro? Ele é descartável? Como você pode usar em casa e verificar se está apto para dirigir? É possível fazer isso? Se você já fez alguma dessas perguntas, esse é o artigo para você.
Abaixo você vai encontrar as respostas para essas e outras perguntas. Boa leitura!
O que é o etilômetro ou bafômetro?
Apesar de ter se popularizado no Brasil no ano de 2008 com a instituição da Lei Seca e a popularização das blitze, o bafômetro tem uma história bastante antiga e já vem sendo utilizado no combate ao efeito do álcool no volante há anos.
Tudo começou na década de 1950, quando o grande médico, inventor e pesquisador americano, Dr. Robert Borkenstein, estava em busca de criar um aparelho que fosse capaz de identificar a quantidade de álcool no organismo de uma pessoa.
Os anos de estudo dentro do Departamento de Polícia do estado de Indiana, EUA, acabaram resultando no primeiro protótipo do bafômetro, em 1956. Este é o mesmo que os departamentos de polícia utilizam hoje ao redor do mundo.
Ele detecta, portanto, a concentração de álcool no sangue do condutor que soprou, sendo possível identificar se houve contato com álcool num período que pode variar em até 12h.
Como o etilômetro funciona?
O Dr. Robert Borkenstein utilizou dos seus conhecimentos em medicina e anatomia humana para desenvolver o nosso conhecido bafômetro.
Ele sabia que, quando ingerimos bebidas alcoólicas, o álcool passa pela boca, garganta, estômago e intestino, chegando à corrente sanguínea.
Ao passar pelos pulmões, o álcool atravessa as membranas, que chamamos de alvéolos pulmonares, até o ar que respiramos. Assim, a concentração de álcool na corrente sanguínea é refletida na concentração de álcool no nosso ar.
Por isso, quando sopramos no etilômetro, o chip presente no aparelho consegue converter os elétrons liberados no ar em corrente elétrica. Com isso, ele faz o cálculo da concentração de álcool no sangue e mostra o resultado no visor.
Lembrando que quanto maior a quantidade de álcool ingerida, maior é a corrente elétrica e, por consequência, maior a concentração identificada pelo aparelho.
Quanto custa um etilômetro?
Existem dois tipos de etilômetros e seus valores costumam variar. Entenda melhor:
1. Etilômetro digital simples
Esse é o aparelho mais simples e mais econômico de todos. Apesar de ser interessante para o motorista que deseja ter uma ideia da concentração do álcool no sangue antes de pegar a estrada, ele não é de toda confiança.
No entanto, pelo baixo custo e por ser normalmente utilizado de forma caseira, ele supre as necessidades.
Normalmente, varia entre R$50 – R$300, tendo alguns modelos um pouco mais confiáveis que chegam a R$700.
2. Etilômetro digital profissional
Esse modelo já é mais robusto, preciso e sofisticado. Justamente por esse fim, ele normalmente é utilizado apenas pela Polícia Rodoviária Federal, que necessita de uma precisão mais alta para fiscalização.
Ele costuma ter variações em seu visor, podendo mostrar a concentração de álcool a partir de faróis, mudando de cor ou mostrando, de fato, os números com os valores.
O que importa aqui é entender como ele funciona e o que cada cor ou farol representa.
Costuma custar entre R$1.700 e R$3.000. Porém, existem diversos modelos que ultrapassam tranquilamente esse valor.
Se você é um motorista que deseja apenas utilizar o bafômetro para garantir que já está sem álcool agindo no organismo e não tem muito dinheiro para investir em um aparelho profissional, talvez o digital simples seja suficiente.
Como utilizar o etilômetro da maneira correta?
Talvez a utilização do aparelho seja a coisa mais simples.
Basta apenas soprar e conferir o resultado mostrado no visor, tendo sempre como base aquilo que o manual indicar.
Por exemplo: se o etilômetro for do tipo que apresenta cores como forma de resultado, esteja atento ao que cada cor significa. Se utilizar faróis, preste bem atenção no que o manual diz sobre ele.
O que importa é garantir que o operador saiba o que cada resultado significa, seja pelas cores, pelos faróis ou pela concentração, de fato.
Lembrando ainda que o Inmetro dá uma margem de erro de 1% para os aparelhos com seu selo.Tirou todas as suas dúvidas sobre o etilômetro? Então confira mais esse artigo sobre a Lei Seca aqui no Doutor Multas. Visite também o nosso blog e fique por dentro de tudo o que acontece no mundo do trânsito!