Estratégias para operações financeiras de curto prazo com menor risco

Estratégias para operações financeiras de curto prazo com menor risco

Uma boa gestão de riscos envolve conhecimento técnico, capacidade de adaptação e leitura contínua do mercado

Conseguir lucrar a partir de um investimento em um único dia pode parecer tentador, mas também envolve riscos significativos. Com as rápidas oscilações do mercado financeiro, fazer operações de curto prazo requer disciplina, conhecimento, técnica e preparo emocional. 

As duas principais estratégias para investir a curto prazo são o day trade e as aplicações em títulos de renda fixa. A seguir, apresentamos conceitos fundamentais, riscos envolvidos e dicas para quem deseja explorar o universo das operações de curto prazo com maior segurança e menor exposição ao risco.

Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.

O que são operações financeiras de curto prazo? 

Trata-se de operações de compra e venda de ativos realizadas em um período de 1 a 90 dias, com o objetivo de lucrar com pequenas variações de preço. Geralmente, as operações funcionam assim: o investidor compra um ativo com a expectativa de vendê-lo a um preço superior em curto prazo.

Embora tenha potencial de retorno, esse tipo de estratégia exige preparo em muitos aspectos. O investidor precisa, antes de tudo, fazer uma análise em tempo real do mercado para reconhecer pontos de entrada e saída ideais. Requer estudo técnico, controle de risco, escolha de ferramentas adequadas e, acima de tudo, responsabilidade. O timing do investidor também é crucial, ou seja, a sua capacidade de ler o ambiente financeiro e tomar decisões rápidas nos momentos mais auspiciosos.

Quais são os tipos de operações financeiras de curto prazo? 

  • Day trade: operações que começam e acabam no mesmo dia de negociação, com o objetivo de gerar rendimentos a partir das variações de preços durante o pregão;
  • Swing trade: operações que têm duração superior a 24 horas, podendo durar dias, semanas ou até 3 meses. O swing trade envolve menos riscos que o day trade;
  • Renda fixa: investimentos em títulos que possuem rendimento previsível e estão atrelados a algum índice, como os CDBs (Créditos de Depósitos Bancários) vinculados à Selic (taxa básica de juros brasileira) com liquidez diária. 

Essas operações voltadas ao aproveitamento de oscilações rápidas, contrastam com o chamado position trade, nome dado a operações sem prazo delimitado (durando semanas, meses e até anos), cujo foco é em tendências de mercado de longo prazo. 

Vantagens e desvantagens das operações de curto prazo

Investir no curto prazo pode, sim, gerar lucros consideráveis, mas envolve ameaças que precisam ser evitadas ao máximo. Antes de escolher esse caminho, veja quais são os pontos positivos e negativos.

Vantagens

  • Velocidade: como o próprio nome já deixa claro, as operações de curto prazo oferecem a chance de obter lucros, muitas vezes em um dia; 
  • Rentabilidade: como há oscilações significativas no mercado financeiro, é possível ganhar muito dinheiro se o investimento for bem feito; 
  • Adaptação: como a negociação depende de cada instante, o investidor tende a rever sua estratégia mais constantemente e adaptá-la ao cenário real do mercado. Isso permite que ele tenha um perfil mais flexível e resiliente. 

Desvantagens

  • Risco: como essas operações estão sujeitas à maior volatilidade do mercado, há maior risco em relação ao investimento de longo prazo. As oscilações de preços podem, assim, desencadear perdas grandes de recursos; 
  • Tributos: quando um investidor lucra a curto prazo, ele fica sujeito a impostos mais altos, o que pode reduzir seu retorno final; 
  • Comprometimento: em comparação com operações de longo prazo, será necessário acompanhar mais de perto e mais continuamente o investimento. Isso porque é preciso tentar prever desvalorizações e possíveis riscos de perdas. 

Como investir a curto prazo com menor risco?

Para fazer uma boa gestão de riscos, o investidor deve contar com uma estratégia bem definida, disciplina para acompanhar o mercado, leitura sólida de dados, controle emocional e adaptação constante. Vamos a alguns exemplos e pontos importantes.

Entre as estratégias de proteção mais utilizadas estão as ordens de mercado, dentre elas, o stop loss e take profit são essenciais. O primeiro define um limite máximo de prejuízo aceitável, encerrando automaticamente a operação caso o ativo atinja esse valor. O take profit define um alvo de lucro, encerrando a operação automaticamente ao ser atingido, evitando que um ganho interessante se transforme em perda.

Esses mecanismos não eliminam o risco, mas ajudam a manter uma disciplina operacional e a proteger o capital investido.

Outra tática importante é a gestão de capital. O ideal é que o trader nunca arrisque uma porcentagem elevada de seu patrimônio em uma única operação. Especialistas costumam sugerir limitar o risco por trade entre 1% e 2% do total disponível para negociação.

Estudar o funcionamento do mercado, conhecer os ativos negociados e entender a dinâmica de diferentes indicadores gráficos também é indispensável. 

Outro fator crucial é o uso de ferramentas adequadas para análise e execução de ordens. Plataformas de negociação com recursos avançados de análise gráfica, alertas e execução automatizada podem auxiliar o investidor a operar com mais precisão.

O uso de robôs de investimento também pode ser útil, desde que o investidor tenha conhecimento suficiente para parametrizá-los corretamente.