Depois de decidir que é o momento de comprar uma casa junto à imobiliária, é hora de começar a pensar nas formas de pagamento. O financiamento imobiliário é uma das modalidades mais utilizadas atualmente, visto que boa parte das pessoas não consegue ou não quer pagar todo o imóvel em uma única vez.
Contudo, o que muitos não sabem é que existem diferentes tipos de financiamento disponíveis no mercado, permitindo que diversos perfis e públicos possam solicitar o crédito ao banco. Vale frisar que cada situação e meios de buscar o financiamento tem suas particularidades, por tanto, vale a pena buscar informações, avaliar contratos e cláusulas, na dúvida, solicite a revisão há um advogado de sua confiança, caso não conheça um, procure por um advogado online, este poderá lhe auxiliar.
Portanto, se você quer saber mais sobre o assunto, não deixe de acompanhar o post de hoje até o fim e saiba quais são os tipos de financiamento imobiliário existentes no mercado.
Quais são os tipos de financiamento imobiliário?
É importante conhecer os tipos de financiamento imobiliário antes de ir ao banco, pois assim você garante maior agilidade na hora de solicitar o crédito, já entendendo qual é a modalidade que mais atende suas necessidades e perfil. Portanto, confira abaixo quais são eles e suas diferenças:
SFH
O SFH é uma sigla para Sistema Financeiro de Habitação, criado em 1964, a fim de reduzir o déficit habitacional existente no Brasil naquela época. Graças a ele, tornou-se mais fácil obter a aprovação do financiamento, principalmente para famílias que antes não conseguiam financiar a casa própria. Isso porque, ele é voltado para pessoas com menor renda e imóveis mais baratos, além de permitir que até 80% do valor do imóvel seja financiado, incluindo despesas acessórias.
Em resumo, os imóveis que podem ser incluídos nessa modalidade não podem ser avaliados em mais de R$1,5 milhão de reais.
Além disso, a casa ou apartamento precisa ser residencial, urbano e estar localizado na mesma cidade em que o comprador mora ou trabalha há, pelo menos, um ano. Da mesma forma, essa propriedade precisa estar registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Graças a esse sistema ainda é possível adquirir um imóvel já construído ou novo, sendo que o prazo máximo de financiamento é de 35 anos, com limite de juros de 12% ao ano, mais a Taxa Referencial.
Os requisitos para ter acesso ao SFH são que o comprador precisa ter mais de 18 anos, ser brasileiro, naturalizado ou ter visto permanente, além de não possuir nenhum tipo de restrição nos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa ou na Receita Federal.
SFH e o FGTS
É importante lembrar ainda que o interessado em adquirir um imóvel no SFH utilizando os recursos do FGTS precisa atender a alguns requisitos, sendo que essa é uma das principais vantagens desse modelo de financiamento.
O primeiro ponto é que o comprador precisa ter o correspondente a 10% do valor total do imóvel para poder utilizar o FGTS como abatimento. Além disso, não é permitido ter outro financiamento pelo SFH ou qualquer outro imóvel residencial urbano. Da mesma forma, o indivíduo precisa ter trabalhado, pelo menos, três anos com carteira assinada, que podem ser consecutivos ou não, em uma ou mais empresas.
SFI
Já o SFI ou Sistema Financeiro Imobiliário, foi criado em 1977, sendo mais flexível e que surgiu para ser uma alternativa aos casos que não se encaixam no SFH, permitindo maior negociação para a compra da casa ou apartamento. Sendo assim, essa modalidade costuma atrair o perfil de investidores e pessoas que procuram imóveis mais luxuosos, com projetos complexos e que ultrapassam R$1,5 milhão de reais.
As principais diferenças entre esses dois tipos de financiamento são o fato de o SFI não possuir teto máximo para o valor do imóvel, além de permitir o financiamento de 100% do valor da propriedade. Contudo, aqui não é possível usar o FGTS, mas permite a compra de qualquer tipo de imóvel, seja para uso comercial, moradia ou até mesmo locação.
Vale lembrar ainda que o SFI permite adquirir mais de um imóvel com o mesmo modelo de financiamento, além de poder comprar por meio de pessoa física ou jurídica.
Programas habitacionais
Por fim, ainda existem os programas habitacionais criados pelo governo federal, que têm como objetivo viabilizar ainda mais a aquisição de imóveis para famílias de baixa renda. Aqui, é importante preencher requisitos, a fim de adquirir a casa própria com maior facilidade e benefícios, como juros reduzidos e, dependendo do caso, subsídios.
Antigamente, o programa habitacional vigente era o Minha Casa Minha Vida, mas agora ele foi reformulado e transformado no Programa Casa Verde e Amarela. Vale lembrar que ambos foram inseridos no SFH.
Então, agora que você sabe quais são os tipos de financiamento disponíveis no mercado, já entende melhor qual é aquele que mais se encaixa em suas necessidades e perfil. Se quiser comprar um imóvel utilizando o saldo do FGTS e que custe menos de R$1,5 milhão, o SFH é o mais indicado. Mas, caso queira investir no mercado imobiliário ou adquirir imóveis de luxo, o SFI é a modalidade ideal.