diferença entre cruelty-free e vegan-friendly

Qual a diferença entre cruelty-free e vegan-friendly?

Termos podem causar confusão nos consumidores, mas entendê-los torna a compra mais certeira

A preocupação sobre uso de animais em testes de cosméticos, assim como a presença de ingredientes de origem animal em suas formulações não é recente, mas ganhou força nos últimos tempos.

Um episódio marcante que reacendeu a discussão sobre o tema foi o lançamento do curta-metragem Salve o Ralph, que detalha alguns dos procedimentos feitos em animais durante essa testagem.

A animação viralizou em todo o mundo, e aqui no Brasil fomentou o movimento contra testes de animais na indústria cosmética. Hoje, muitas marcas já estampam seus selos de fórmulas cruelty-free e vegan-friendly.

Os termos, entretanto, podem confundir muita gente. Entenda o que cada um deles significa para fazer a escolha correta na hora de comprar.

O que é cruelty-free?

A tradução do termo “cruelty-free” para o português é “livre de crueldade”, que aqui refere-se aos testes de laboratórios feitos em animais para aprovação de produtos.

São vários os tipos de testes que podem existir nesse processo, mas quando um produto leva o selo de “sem crueldade”, significa que nenhum deles foi feito.

Esse tipo de procedimento não é exclusivo da indústria cosmética e farmacêutica, mas outros mercados também estão revendo as maneiras de testagem considerando essa nova visão do mercado consumidor.

O que é vegan-friendly?

O termo “vegan-friendly” significa que o produto não contém em sua formulação nenhum tipo de ingrediente de origem animal, sendo classificado como vegano. Nesses casos, os produtos podem ser feitos com ingredientes naturais ou não.

Assim sendo, o selo vegan não indica necessariamente que o produto passou por processos químicos (o que muitas pessoas também buscam em cosméticos), apenas que durante todo esse processo não houve uso de ingredientes de origem animal.

Entendendo as variações da indústria

É comum que muitas pessoas pensem que os selos, de maneira geral, significam a mesma coisa: menos sofrimento dos animais. Entretanto, há uma variação no uso desses indicativos que vale a atenção de quem busca esse tipo de produto.

Cruelty-free e vegan-friendly

Quando uma empresa utiliza os dois indicativos, isso quer dizer que não foi feito nenhum tipo de teste nem houve uso de ingrediente animal.

É interessante perceber que a utilização de um dos selos não significa que o outro é necessariamente válido. Por isso, quem busca pelos selos na hora das compras pode ficar atento a isso.

Cruelty-free, mas não vegan-friendly

Ou seja, um produto pode não ser testado em animais, mas utilizar matéria-prima de origem animal em seu processo de fabricação. Como dito anteriormente, não é porque um produto não passou pela testagem em seres vivos que é vegano.

Vegan-friendly, mas não cruelty-free

Esse é um motivo de discussão entre os representantes da luta pelo fim do sofrimento animal. Isso porque o termo “vegano” é usado, muitas vezes, como sinônimo de algo fabricado sem sofrimento animal.

Entretanto, existem alguns casos na indústria que não seguem essa lógica. No caso, o produto não utiliza nenhum tipo de ingrediente de origem animal, mas passa por testes em seres vivos.

Como saber se o produto segue as diretrizes

Na hora de comprar, é importante entender também que quando se diz que algo foi testado em animais, não significa que foi o produto pronto, podendo ser feitos testes com alguns dos ingredientes da formulação.

Nesse caso, o item não recebe o selo de cruelty-free.

Outro tópico bastante abordado sobre o tema é o fato de algumas empresas realizarem testes em alguns países e em outros não, o que também pode causar confusão no consumidor.

Por isso, para encontrar mais informações sobre empresas com selos de “livre de crueldade” e “vegano”, alguns sites podem ajudar, como é o caso do People for the Ethical Treatment of Animals – PETA, para ambos os selos, ou Vegan.org e The Vegan Society.

Outra dica é sempre estar de olho nas variações apresentadas, lembrando que um selo não está ligado diretamente ao outro.