Gatos adultos e idosos geralmente têm problemas nos rins. Felizmente, trata-se de uma circunstância que pode ser evitada.
A insuficiência renal em felinos é, de fato, uma enfermidade comum. Ela tende a atingir animais de mais idade, mas também pode afetar os pets mais jovens — o que faz com que cuidados preventivos sejam fundamentais.
Ter sempre um alimento que hidrata por perto é uma opção para evitar mazelas renais. Explicamos: os gatos realmente não têm o costume de beber muita água.
Para incentivá-los a manter a hidratação, o dono pode apostar em sachês com pouco sódio e, na hora de servir, colocar duas ou três colheres a mais de água no conteúdo da comida.
Além disso, vale comprar também bebedouros em formato de fontes, uma vez que os gatos tendem a preferir água corrente.
Idas frequentes ao veterinário, sobretudo a partir dos cinco anos, também ajudam a diagnosticar problemas de saúde em estágio inicial — o que, sem sombra de dúvidas, facilita o tratamento e colabora para a longevidade do bichinho.
A seguir, falaremos um pouco mais sobre a insuficiência renal em gatos, explicando suas causas principais e sintomas. Confira.
O que causa a insuficiência renal?
A idade é um fator: a partir dos oito ou nove anos de vida, o corpo do gato se torna mais frágil e as funções biológicas mais lentas ou dificultosas. Os órgãos podem começar a falhar — e os rins, infelizmente, são suscetíveis a isso.
Existem outras causas, porém, para o surgimento da insuficiência renal: tumores, doença renal policística, efeito colateral de medicações (alguns antibióticos ou excesso de remédios podem fazer isso), ingestão de alimentos contaminados ou infecções bacterianas.
Embora seja uma enfermidade que afeta os rins, nem todos os sintomas estão relacionados ao trato urinário: pets doentes podem apresentar emagrecimento, perda de apetite, vômito, diarreia, constipação intestinal, dificuldade de mobilidade, inchaço, dores físicas, letargia, perda de pelo, entre outros.
A lista é longa. Gatos com doenças renais podem apresentar desidratação, hálito forte, aumento da micção, que pode ter um cheiro forte e mucosas esbranquiçadas.
Como se pode ver, trata-se de um conjunto de sintomas bastante amplo, o que faz com que, às vezes, a insuficiência renal não seja a primeira sugestão do médico veterinário.
Para confirmar o diagnóstico, pode ser necessário submeter o pet a alguns exames laboratoriais ou de imagem.
Os exames mais comuns são a ultrassonografia, radiografia e cultura de urina, além do hemograma completo (padrão para o diagnóstico de uma série de enfermidades), análise bioquímica do sangue e o próprio exame de urina.
Como é feito o tratamento?
A insuficiência renal em gatos não tem cura, uma vez que não é possível fazer com que o rim volte a agir como costumava, especialmente em pets mais velhos.
Ainda assim, é possível tratar os sintomas, fazendo com que o animal de estimação viva bastante, com boa qualidade de vida e sem dores significativas.
Os medicamentos variam de acordo com a gravidade do caso. Como já mencionamos — e é importante reforçar —, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor: dessa maneira, o controle dos sintomas é mais efetivo e a doença evolui de maneira mais lenta, podendo estagnar por períodos consideráveis.
Além do tratamento medicamentoso, que pode ser feito por meses específicos ou por toda a vida, o pet deve ser acompanhado de perto por seu veterinário a cada seis meses ou um ano — a frequência será ditada pelo especialista — e ter reforço alimentar voltado para problemas renais.
Existem rações especiais para pets com rins comprometidos, assim como sachês com muita água e voltados também para o bom funcionamento do sistema urinário. Após o diagnóstico, vale apostar nessas possibilidades.