10 jogos independentes que marcaram a indústria

10 jogos independentes que marcaram a indústria

O mundo dos jogos independentes sempre foi um espaço de experimentação e criatividade, onde os jogos podem deixar de ser simples entretenimento e alcançar o status de arte. 

Diferentemente dos grandes estúdios e dos cassino online, que trabalham com orçamentos milionários e equipes enormes, os desenvolvedores independentes investem em ideias mais ousadas, estilos artísticos distintos e mecânicas que muitas vezes desafiam as convenções estabelecidas. 

Nos últimos quinze anos, alguns desses títulos não apenas conquistaram sucesso comercial, mas também deixaram marcas profundas na indústria, influenciando tanto outros desenvolvedores quanto o comportamento dos jogadores.

Além disso, muitos indies trouxeram discussões relevantes sobre narrativa, arte e design, mostrando que um jogo não precisa de gráficos ultrarrealistas ou de longas campanhas de marketing para ser impactante.

Nesta lista, selecionamos dez jogos independentes que, por diferentes razões, se destacaram e marcaram a indústria. Alguns redefiniram gêneros, outros inovaram na forma de contar histórias ou na interação com o jogador, enquanto alguns se tornaram fenômenos culturais inesperados. Confira!

Among Us

Lançado em 2018, Among Us se tornou um fenômeno global em 2020, durante a pandemia, quando jogadores começaram a buscar experiências sociais online simples e divertidas. 

Desenvolvido pela InnerSloth, o jogo coloca os jogadores em uma nave espacial, onde a maioria executa tarefas rotineiras enquanto alguns são impostores tentando sabotar a equipe. A mecânica simples, combinada com a comunicação e a suspeita entre jogadores, transformou o jogo em um sucesso viral. 

Mais do que entretenimento, Among Us mostrou como jogos cooperativos e sociais podem engajar milhões de pessoas sem precisar de gráficos complexos ou campanhas de marketing massivas.

Celeste

Também de 2018, Celeste é um exemplo de como jogos indies podem unir desafio e narrativa emocional. No papel de Madeline, os jogadores enfrentam montanhas metafóricas e literais, com mecânicas precisas de plataforma que exigem habilidade e paciência. 

Além de seu design de fases engenhoso, Celeste aborda temas como ansiedade e autodescoberta de maneira sensível, algo pouco comum em títulos de plataforma. Essas características transformaram o game em uma referência para designers e para jogadores que buscam experiências significativas.

Cuphead

Lançado em 2017 e desenvolvido pela Studio MDHR, Cuphead se destaca por sua animação inspirada nos desenhos dos anos 1930 e pela dificuldade elevada. Cada chefe e fase exigem timing perfeito e memorização de padrões, criando uma experiência desafiadora e recompensadora. 

Cuphead, que virou uma série de animação, também demonstrou que jogos indies podem competir em qualidade estética com grandes produções e alcançar sucesso crítico e comercial simultaneamente.

Disco Elysium

Disco Elysium, de 2019, trouxe uma abordagem inovadora para os RPGs. Desenvolvido pela ZA/UM, o jogo coloca o jogador no papel de um detetive com amnésia, explorando uma cidade fictícia enquanto resolve casos complexos e interage com uma narrativa profunda e ramificada. 

O sistema de habilidades internas e a ausência de combate tradicional desafiaram a própria concepção de RPGs eletrônicos, mostrando que narrativa, escolha e consequência podem ser os pilares centrais de um jogo.

Hollow Knight

Lançado em 2017 pela Team Cherry, Hollow Knight é um metroidvania que combina exploração, combate preciso e uma atmosfera sombria. Com um mundo interconectado e riquíssimo em detalhes, o jogo conquistou fãs por seu equilíbrio entre desafio, narrativa ambiental e liberdade de exploração. 

Hollow Knight também mostrou como pequenos estúdios podem criar experiências vastas e profundas, rivalizando com produções de grande escala em termos de design e qualidade.

Journey

Lançado em 2012 pela Thatgamecompany, Journey é uma experiência artística que enfatiza a emoção e a conexão entre jogadores. 

Com gráficos estilizados e trilha sonora marcante, o jogo permite que duas pessoas se encontrem aleatoriamente no deserto, sem comunicação verbal, criando momentos de cooperação silenciosa. 

A abordagem minimalista e poética de Journey redefiniu o que um jogo independente poderia alcançar em termos de expressão artística e emocional.

Minecraft

Criado por Markus “Notch” Persson e lançado oficialmente em 2011, o fenômeno Minecraft começou como um projeto independente que posteriormente foi adquirido pela Microsoft. 

Sua fórmula simples de blocos e construção aberta revolucionou o conceito de sandbox e construção em jogos digitais. Além do sucesso comercial estrondoso, Minecraft influenciou gerações de desenvolvedores e jogadores, inspirando modos de jogo e até a criação de conteúdos educacionais. 

O impacto cultural de Minecraft, que virou filme neste ano de 2025, é imenso, tornando-o um dos maiores exemplos de como um jogo independente pode mudar a indústria.

Stardew Valley

Stardew Valley, de 2016, é um simulador de fazenda desenvolvido por uma única pessoa, Eric “ConcernedApe” Barone. O jogo combina agricultura, mineração, pesca e interações sociais criando um mundo rico e detalhado. 

Entre as atividades opcionais, os jogadores podem explorar minijogos e arcades dentro da cidade, incluindo referências divertidas a jogos de cassino, com slots no melhor estilo “jogo do tigrinho”. 

O sucesso do título mostrou que indie games podem oferecer experiências completas e cativantes, desafiando a ideia de que produções de grande escala são necessárias para engajar o público. Além disso, inspirou outros indies a explorar mecânicas sociais e de simulação com profundidade.

Super Meat Boy

Lançado em 2010 pela Team Meat, Super Meat Boy é um jogo  independente conhecido pela dificuldade extrema e design de fases rápido e preciso. Cada salto e obstáculo exigem precisão, criando um desafio constante para os jogadores. 

O jogo é importante historicamente por ter sido um dos primeiros grandes sucessos de um indie moderno. Super Meat Boy mostrou que títulos com mecânicas simples bem executadas podiam conquistar público apesar do alto nível do desafio que entrega.

Undertale

Undertale, de 2015, é outro RPG que subverteu muitas convenções do gênero. Criado por Toby Fox, o jogo permite que o jogador escolha entre combates tradicionais ou resolver conflitos de maneira pacífica, afetando a narrativa e o relacionamento com os personagens. 

O humor, a música e a narrativa única fizeram de Undertale um fenômeno cultural no universo dos jogos independentes. Além de sucesso comercial, o jogo influenciou outros desenvolvedores a experimentar escolhas morais e mecânicas narrativas inovadoras.